Para evitar cenas como a do post anterior, dessa vez resolvi viajar de carro. Minha primeira viagem longa dirigindo.
Lá fui eu completar o tanque. Checar óleo, água do radiador e calibrar o pneu, que o frentista afirmou que tava “bonzinho, bonzinho, não precisa calibrar. Vá sem medo, minha filha. Frase posteriormente substituída por: “como é que você me viaja com os pneus quase secos, menina?”, vinda do meu pai.
Entrego o cartão de crédito.
“Mas você não é brava como a Piovanni, não, né?”
“Não” (sorrisinho amarelo)
“Eu já fiz essa piada, num foi?”
“Três vezes nas duas ultimas semanas”
Demorei uma hora e meia pra chegar no Recife e duas horas pra sair de lá. Se eu tenho dificuldade de achar o banheiro no Manaíra shopping, o que dirá acertar a BR 232 rumo ao interior.
Desorientada como só eu consigo ser, entrei por onde não devia. E lá vai eu, atravessando Paulista, Olinda. “Ow, ó como o mar tah lindo hoje! Oxe, mar? Mas eu num to indo pro sertão?”
“Moço...Moço...Mooooço! Como é que eu faço pra pegar a 232?”
“É só dobrar no quinto sinal a exxxquerda”
Daí até Arcoverde, tudo tranqüilo. Fui me despedir da família, dos amigos. E responder trocentas vezes que: não, eu não estou indo pra Holanda por causa da novela. Eu não vou morar em uma casa barco. Eu não vou estudar artes. Eu não vou voltar grávida, muito menos de gêmeos. Mas parece que as pessoas cortam o “não” das minhas frases e memorizam a sentença no afirmativo. O povo quer me transformar numa nova Nanda.
Viagem de volta desagradável...mas aqui estou, de volta a minha realidade por um tempo limitado.
12 dias.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
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